Colecção: Antologia
Autor: André Breton
Editora: Edições Afrodite / Fernando Ribeiro de Mello
1ª edição 1973
Peso: 600 g
Prefácio de André Breton. Colaboração de António Sena. Tradução portuguesa de ´Antologie de l´humeur Noire´ de André Breton, por Aníbal Fernandes, Ernesto Sampaio, Isabel Hub, Jorge Silva Melo, Luísa Neto Jorge e Manuel João Gomes.
"... O Regime de Vichy foi forjado por Hitler em 1940, depois das sua tropas terem entrado vitoriosas em França: era o grande sinal que a Grande Guerra fora ganha pela Alemanha Nazi. O Regime de Vichy era constituído por quatro franceses (Pétain, Pucheau, Barthélemy e Brinon) que colaboraram com o nazismo durante quatro anos e fielmente cumpriram as ordens de Berlim: processaram judeus, guilhotinaram comunistas... E a primeira edição da ´Antologia do Humor Negro´ (1939) foi por eles retirada do mercado logo que apareceu..."
"... O humor negro é mais do que o riso, é mais do que a ironia: é a crueldade destrutiva que abala os alicerces de todos os regimes - é uma ameaça constante ao império da irracionalidade, ao domínio da injustiça, ao crime organizado. É por isso que os textos desta ´Antologia´ se apresentam sempre como literatura de vida ou de morte; é por isso que os autores escolhidos por Breton são quase todos daqueles homens que nenhum governo de Vichy recuperará..."
Autores contemplados pela antologia: Jonathan Swift, D. A. F. Sade, Lichtenberg, Charles Fourier, Thomas de Quincey, Pierre Lacenaire, Grabbe, Pétrus Borel, Edgar Poe, Xavier Forneret, Baudelaire, Lewis Carroll, Villiers de L´Isle-Adam, Charles Cros, Nietzsche, Isidore Ducasse, Huysmans, Tristan Corbière, Germain Nouveau, Rimbaud, Alphonse Allais, Brisset, O. Henry, André Gide, John Millington Synge, Jarry, Raymond Roussel, Picabia, Apollinaire, Picasso, Arthur Cravan, Kafka, Jakob van Hoddis, Dychamp, Hans Arp, Alberto Savínio, Jacques Vaché, Benjamin Péret, Jacques Rigaut, Prévert, Dali, Jean Ferry, Leonora Carrington, Gisèle Prassinos, Jean-Pierre Duprey.
Pára-Raios é o título feliz do inspiradíssimo prefácio de Breton, no qual o antologiador estabelece o humor negro como um instrumento indispensável à estrutura e higiene do espírito. André Breton é ainda o autor das notas introdutórias que precedem o conjunto de textos de cada um dos antologiados.
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