Autor: Maurice Blanchot
Editora: Relógio D'Água
1987
Peso: 135 g
Capa de brochura. Tradução de Miguel Serras Pereira e Ana Luísa Faria. Prefácio de Eduardo Prado Coelho.
“O leitor que avançar desprevenidamente nas primeiras linhas deste curto texto de Maurice Blanchot poderá muito depressa aperceber-se do essencial. E o essencial é: que há um mistério (não diria tanto: uma prega, uma dobra, uma ruga, um estremecimento, uma convulsão) nesta escrita. (…) O mistério vem do modo como se desenrola — demasiado claro, quase inocente, para ser verdade.
[…]
Todo este livro, tão conciso nas suas impressionantes praias de silêncio, parece rodar em torno de um segredo, que é a forma expansiva do pensamento, entendido como a ficção de uma ficção sobre o vazio definitivo das narrativas («Uma narrativa? Não, nada de narrativas, nunca mais»), como a ficção dessa ficção que teceu, na sua essência histórica e filosófica, todo o trabalho de Foucault: «Nunca escrevi senão ficções e tenho disso plenamente consciência» (confidência de Foucault a Lucette Finas). De Blanchot não temos senão um gesto terrivelmente simples: nem o comentário de uma obra que desafia os comentários, nem a ficção de um encontro tão somente imaginado, mas um acto de fidelidade – menos aos textos ou aos nomes do que ao segredo que os propaga.” por Eduardo Prado Coelho
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