Colecção: Cadernos Peninsulares / Especial n.º 2
Autor: Manuel da Silva Ramos e de Alface
Editora: Assírio e Alvim
1977
Peso: 500 g
Capa de brochura. Pequeno recorte na página 81.
Quando, no final d’Os Lusíadas — êxito alcançado e prémio virtualmente arrecadado –, Camões, depois de devolver em mar bonançoso os nautas portugueses às coordenadas da história real, propunha ao jovem rei uma nova partida e rematava o poema numa quase imposição de novos motivos de epopeia, pode dizer-se que se abria na literatura portuguesa espaço para novo canto. De toda a sorte de émulos, parodistas incluídos, que Camões inspirou, saliente-se, no domínio da ficção portuguesa contemporânea, pela sua originalidade, uma singular parceria literária: Alface (pseudónimo literário de João Carlos Alfacinha da Silva) e Manuel da Silva Ramos.
Publicava esta parceria em 1977, com a chancela da Assírio & Alvim, um encorpado livro com um título que, embora grafado em minúsculas, fazia pensar, talvez como nenhum outro, no derradeiro acorde camoniano, ao mesmo tempo que acordava no leitor um passado tido por grande — os lusíadas, romance inaugural de uma trilogia, genericamente denominada Tuga, que constitui «uma espécie de meditação ficcional sobre Portugal»[1].
Procurando ajustar-se estruturalmente ao clássico procedimento do início in medias res, o livro abre, num clima incontidamente eufórico, bem no meio de um extenso e semi-articulado discurso, que inicia na página 77, facto que terá levado muitos leitores — famosos escritores incluídos — a querer devolvê-lo de imediato: «é e ele, eia, ei-lo, eaovooooo!». A musa surrealista, contrária ao império do racionalismo e em aberta ruptura com modelos literários que confessadamente Camões assume e a que os Autores chamam «flácidos», faria o resto. (Teresa Carvalho)
Ref. 0925-OM
Preço: 24,99€
Publicava esta parceria em 1977, com a chancela da Assírio & Alvim, um encorpado livro com um título que, embora grafado em minúsculas, fazia pensar, talvez como nenhum outro, no derradeiro acorde camoniano, ao mesmo tempo que acordava no leitor um passado tido por grande — os lusíadas, romance inaugural de uma trilogia, genericamente denominada Tuga, que constitui «uma espécie de meditação ficcional sobre Portugal»[1].
Procurando ajustar-se estruturalmente ao clássico procedimento do início in medias res, o livro abre, num clima incontidamente eufórico, bem no meio de um extenso e semi-articulado discurso, que inicia na página 77, facto que terá levado muitos leitores — famosos escritores incluídos — a querer devolvê-lo de imediato: «é e ele, eia, ei-lo, eaovooooo!». A musa surrealista, contrária ao império do racionalismo e em aberta ruptura com modelos literários que confessadamente Camões assume e a que os Autores chamam «flácidos», faria o resto. (Teresa Carvalho)
Ref. 0925-OM
Preço: 24,99€