Colecção: Horizontes Pedagógicos nº 41
Autor: Hubert Hannoun
Editora: Instituto Piaget
Peso: 410 g
O oficial nazi que esmaga a cabeça de um recém-nascido contra uma parede e o soldado SS que escarnece da miserabilidade de um velho, são imagens suficientemente conhecidas do pesadelo hitleriano. Contudo, elas implicam uma questão fundamental: o que fez aquele oficial nazi e o soldado SS já que provavelmente foram bebés e adolescentes iguais a todos os outros? O que os tornou em monstros?
Uma transformação que pode ser explicada por diversos factores, mas Hubert Hannoun debruça-se, aqui, sobre um muito especial: o da educação. E, assim, surge outra questão: quais são os princípios de educação que podem fabricar tais monstros? Uma terceira, também: a expressão de educação nazi não será contraditória em si mesma, já que educar é elevar o homem para o seu melhor-ser?
No sentido de dar resposta, o autor analisa numerosos textos de ideólogos pré-nazis e nazis, incluindo autores franceses, e conclui que não há nenhuma afirmação dos teorizadores da formação nazi da época hitleriana que não tenha sido anteriormente formulada por outros ideólogos. O edifício teórico nazi fundamenta-se rigorosamente sobre três princípios (o naturalismo racista; a hierarquização dos seres e o providencialismo) sem qualquer fundamento, como Hubert Hannoun demonstra à luz das conquistas das ciências contemporâneas (história, biologia, etnologia, sociologia...). Argumentação que leva o autor a concluir que a formação nazi não pode mais que revestir o aspecto de um adestramento infra-educativo.
INDISPONÍVEL