Colecção: Biblioteca de Autores Portugueses
Editora: Imprensa Nacional Casa da Moeda INCM
Autor: Álvaro Manuel Machado
Peso: 565 g
Antologia organizada e prefaciada por Álvaro Manuel Machado. A escolha dos textos desta antologia, discutível como todas, obedece fundamentalmente a um critério que, sendo à partida cronológico, não se confina à mera cronologia. Quer dizer que ao longo da antologia se procura um centro da poesia romântica portuguesa, centro de confluência de ideias românticas vindas de outras literaturas mais do que confluência da escrita romântica em si mesma. Dispersas, essas ideias surgem com o Iluminismo francês, amoldam-se aos mitos maiores da história de Portugal (Descobertas, Sebastianismo, Regeneração) e tentam perpetuar um nacionalismo quase sempre assaz retórico. Depois, já na segunda metade do séc. XIX e princípios do séc. XX, libertam-se enfim desse nacionalismo estreito e, porque não dizê-lo, provinciano, tentam voos mais altos, voos que o rasto do romantismo alemão e o de um Victor Hugo da fase mais visionária e pré-simbolista, já misturados com o spleen baudelairiano, adensam e incentivam. Daí esses românticos tardios portugueses que fizeram da poesia romântica em Portugal essa "arte moderna" de que fala Baudelaire em L'art romantique. Daí um Gomes Leal, um António Nobre, um António Patrício da primeira fase, um Teixeira de Pascoaes, para citar os maiores.
INDISPONÍVEL
Peso: 565 g
Antologia organizada e prefaciada por Álvaro Manuel Machado. A escolha dos textos desta antologia, discutível como todas, obedece fundamentalmente a um critério que, sendo à partida cronológico, não se confina à mera cronologia. Quer dizer que ao longo da antologia se procura um centro da poesia romântica portuguesa, centro de confluência de ideias românticas vindas de outras literaturas mais do que confluência da escrita romântica em si mesma. Dispersas, essas ideias surgem com o Iluminismo francês, amoldam-se aos mitos maiores da história de Portugal (Descobertas, Sebastianismo, Regeneração) e tentam perpetuar um nacionalismo quase sempre assaz retórico. Depois, já na segunda metade do séc. XIX e princípios do séc. XX, libertam-se enfim desse nacionalismo estreito e, porque não dizê-lo, provinciano, tentam voos mais altos, voos que o rasto do romantismo alemão e o de um Victor Hugo da fase mais visionária e pré-simbolista, já misturados com o spleen baudelairiano, adensam e incentivam. Daí esses românticos tardios portugueses que fizeram da poesia romântica em Portugal essa "arte moderna" de que fala Baudelaire em L'art romantique. Daí um Gomes Leal, um António Nobre, um António Patrício da primeira fase, um Teixeira de Pascoaes, para citar os maiores.
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