Colecção: Antropos
Autor: Byung-Chul Han
Editora: Relógio D'Água
Peso: 265 g
Tradução de Miguel Serras Pereira.
O liso, o polido, a ausência de vincos são, na época atual, identificados com o belo. É isso que existe em comum entre as esculturas de Jeff Koons, alguns smartphones e a depilação. Estas características evidenciam um excesso de positividade que Byung-Chul Han já tinha abordado noutros ensaios, mas que aqui desenvolve nos campos da arte e da estética. Porque é que nos agrada tanto o polido?, pergunta Han. Porque não oferece resistência nem nos causa incómodo ou dor. O belo digital é um espaço liso do que é idêntico e recusa a estranheza, a alteridade, a negatividade. O que considerávamos naturalmente belo atrofiou-se no liso e o polido do belo digital. Hoje o belo converteu-se naquilo de que se diz gosto, em qualquer coisa de agradável, que se avalia pelo seu caráter imediato e pelo valor de uso e consumo. Mas sem a negatividade da quebra do outro fica prejudicado o acesso ao belo natural e anulada a distância contemplativa. A beleza é diferida, não é um brilho momentâneo, mas qualquer coisa que ilumina em silêncio e através de desvios e mediações. Não se pode encontrar a beleza no contacto imediato, é mais frequente que surja como reencontro e reconhecimento.
INDISPONÍVEL
Autor: Byung-Chul Han
Editora: Relógio D'Água
Peso: 265 g
Tradução de Miguel Serras Pereira.
O liso, o polido, a ausência de vincos são, na época atual, identificados com o belo. É isso que existe em comum entre as esculturas de Jeff Koons, alguns smartphones e a depilação. Estas características evidenciam um excesso de positividade que Byung-Chul Han já tinha abordado noutros ensaios, mas que aqui desenvolve nos campos da arte e da estética. Porque é que nos agrada tanto o polido?, pergunta Han. Porque não oferece resistência nem nos causa incómodo ou dor. O belo digital é um espaço liso do que é idêntico e recusa a estranheza, a alteridade, a negatividade. O que considerávamos naturalmente belo atrofiou-se no liso e o polido do belo digital. Hoje o belo converteu-se naquilo de que se diz gosto, em qualquer coisa de agradável, que se avalia pelo seu caráter imediato e pelo valor de uso e consumo. Mas sem a negatividade da quebra do outro fica prejudicado o acesso ao belo natural e anulada a distância contemplativa. A beleza é diferida, não é um brilho momentâneo, mas qualquer coisa que ilumina em silêncio e através de desvios e mediações. Não se pode encontrar a beleza no contacto imediato, é mais frequente que surja como reencontro e reconhecimento.
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