Autor: Alan Villiers
Editora: Cavalo de Ferro
2ª edição 20006
Peso: 700 g
Assinatura de posse.
Introdução de Álvaro Garrido. Tradução de Nuno Batalha.
A Campanha do Argus, de Alan Villiers, é um clássico da literatura marítima mundial. Numa escrita límpida e envolvente, este oficial da Armada australiana, presença assídua nas páginas do National Geographic Magazine do segundo pós-guerra como repórter das coisas do mar, escreveu uma narrativa de viagem de um dos mais belos veleiros da frota bacalhoeira portuguesa, o Argus. A convite de Pedro Teotónio Pereira, embaixador português em Washington, na Primavera de 1950 Villiers embarcou com os pescadores portugueses. Durante cinco longos meses, viu e registou a dureza da faina maior com o sentido de a documentar. Naquele tempo, a pesca do bacalhau por homens de ferro em navios de madeira, a mítica frota branca, era a última grande actividade económica que fazia uso da navegação à vela para viagens transoceânicas. Da viagem única que fez, de Lisboa aos bancos de pesca da Terra Nova, Villiers compôs um tríptico que correu mundo: um livro (com edição original em inglês, em 1951, e tradução portuguesa meses depois), um filme e um magnífico álbum de fotografias. A projecção internacional do livro foi tal que teve tradução em mais de uma dezena de línguas. Reeditá-lo a mais de cinquenta anos da primeira edição, com um preâmbulo contextualizador ilustrado com belas imagens e partindo de uma nova tradução do original, é um acontecimento cultural da maior importância. Além de um belo e minucioso memorial da pesca do bacalhau com dóris de um só homem, A Campanha do Argus permite entender os múltiplos significados deste património marítimo singular e desvendar a relação interessada do Estado Novo e do seu aparelho de propaganda com o drama épico da pesca do bacalhau.
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