Autor: Bernardo Santareno
Editora: Ática
2ª edição 1966
Peso: 400 g
Peça em três actos. Capa e maquetas de Otelo Azinhais.
Escreve Óscar Lopes no Comércio do Porto: António Marinheiro retoma o jogo fundamental de situações do édipo de Sófocles, com todas as implicações que a psicanálise tirou da história. Mas enquanto na tragédia grega os protagonistas aceitam a condenação da opinião pública, assumem a culpa por um encadeamento, aliás fatal, de acontecimentos que os levam sem saber à ignomínia, a protagonista da tragédia de Santareno rejeita a condenação, reivindica o direito de sobreviver à vergonha e apostrofa o amor proibido e perdido, revoltando-se contra o código do bem e do mal que lhe impõem. Para mim, o momento até agora capital do teatro de Santareno é aquele em que Amália, no remate da última peça, se nega a reconhecer um mal absoluto nos seus sentimentos, ao cabo de uma crise que nos empolga num crescendo de todo o último quadro. Peça que valeu a Santareno um processo de censura.
Durante a ditadura tudo o que se escrevia era vigiado. Livros eram proibidos, calados pela censura. Hoje, a forma perfeita de celebrar o 25 de abril.
Ref. 7550 W-OM
Preço: 29,99€ - FOTOS ADICIONAIS
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