Autor: Júlio de Sousa e Costa
Editora: Bertrand
2ª edição
Peso: 200 g
«Apontamentos e notícias para a sua história noso-psicológica * Casos interessantes em que intervieram personagens de destaque * A vida na Mouraria * A boémia dourada * O retrato da Severa * Doença e morte * A vala comum»
Escrevendo sobre a Severa, Júlio de Sousa e Costa não foi nem demasiadamente crítico, nem fez concessões à mitificação da personagem. Numa perspectiva mais jornalística do que romanceada, socorreu-se de testemunhos de quem conhecera pessoalmente a protagonista e recolheu-os. Manteve, até, o tom em que essas preciosas testemunhas lhe contavam os episódios e daqui nasceu um livro meio reportagem, meio romance, variado nas histórias, vivo na narrativa e, em princípio, historicamente correcto. Será talvez esta última característica que mais interessa, depois de tanta efabulação ter alcandorado a modesta prostituta da Mouraria a um verdadeiro mito. () Nesta obra se confirma que Maria Severa era de peculiar formosura, que cantava muito bem o fado, que fazia versos e até era compositora, certamente de ouvido, mas uma pauta regista um fado alegadamente de sua autoria, com o premonitório título Quando eu morrer, raparigas. Premonitório, porque a Severa morreu muito jovem, com 26 anos, em 1846. () De tudo o que se publicou sobre a Severa, estará este livro entre os relatos mais realistas. #Fado
A UNESCO declara o Fado Património Imaterial da Humanidade a 27 de novembro de 2011.