Autor: Albert Cossery
Editora: Antígona
1ª edição 1999
Peso: 325 g
Tradução de Júlio Henriques. Por que razão deverá uma pessoa trabalhar, podendo evitá-lo? É nesta interrogação oriental que se alicerça toda a obra de Cossery. Mandriões no Vale Fértil (1947), esgotado há vários anos, é o romance em que o autor dedica ao seu tema predilecto o ódio sarcástico ao trabalho uma maior amplitude filosófica. A mandriice, longe de ser um defeito, é cultivada como uma flor rara e preciosa pelas personagens deste livro. Numa vivenda a pedir obras, nos arredores de uma grande cidade egípcia, mora uma família singular: um ancião, os seus três filhos e um tio que ali encontrou refúgio depois de ter delapidado toda a fortuna. Convictos de que o trabalho engendra apenas a desordem e a desgraça, descobrem que manter a doce sonolência que reina em casa é, afinal, uma árdua tarefa.
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