Autor: Judith Teixeira
Editora: J. Rodrigues & C.ª
1ª edição 1926
Peso: 350 g
Muito Raro, peça de colecção. Assinatura de posse.
...] Nem rasto de memória de uma mulher que em 1925 funda, dirige e edita uma revista Europa de alto gabarito cosmopolita e eclético modernismo. Vilipendiada pela moral vigente (que não era só, não senhor, a dos jovens prosélitos do fascismo lusitano; afinava pelo mesmo diapasão uma Lisboa de chapéu-de-côco republicano, possidónia e reaccionária no ideário pequeno-burguês como nos hábitos e costumes sexuais), viu-se, em 1927, sentenciada de morte artística pelo grão-sacerdote José Régio. Assim: Todos os livros de Judith Teixeira não valem uma canção escolhida de António Botto. À sanha dos moralistas seguiu-se a dos vigilantes do Gosto. Tumba com ela, que estava mal enterrada. [...]»
Núa surgira em 1926, no decurso do golpe militar ditatorial do 28 de Maio, e serviu aos fascistas como bombo de festa no patriótico Revolução Nacional, periódico que será coadjuvado na alarvidade tanto por Amarelhe nO Sempre Fixe como por Marcello Caetano na Ordem Nova, definindo-o este último obviamente com a sabedoria inquisitorial dos traumas higienistas da vontade de poder como «papelada imunda, que empestava a cidade».
Ref. 0194-OM
Preço: 649,99€
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