Autor: François Furet
Editora: Editorial Presença
1ª edição 1996
Peso: 900 g
A tese deste livro é que a "ilusão" não acompanha a história do comunismo, é-lhe constitutiva. O Comunismo, que teve a ambição de ser conforme ao desenvolvimento da necessidade histórica, e por isso mesmo reivindicou para si um carácter científico, não só radicou num encadeamento de factos e circunstâncias históricos como recebeu por parte dos seus defensores um investimento psicológico comparável ao de uma fé religiosa. Assim se explica que o seu fim tenha coincidido com o desaparecimento daquilo de que se alimentava a sua substância: a crença na salvação pela História, que por sua vez só podia ceder a um desmentido radical da própria História, como o que ocorreu nas últimas décadas. Esta relação imaginária dos homens e mulheres do século XX com a ideia comunista é aqui investigada, nas suas múltiplas incidências, muito para além da vigência dos regimes de Leste, já que sobreviveu durante mais tempo a ocidente e perdura ainda na sua dimensão de utopia.
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