Autor: Mário de Carvalho
Editora: Caminho
3ª edição 2004
Peso: 300 g
2003 - Prémio PEN Clube Português Ficção - 2004 - Grande Prémio de Literatura itf /dsf
Um retrato sarcástico dos portugueses de hoje. Em "Fantasia Para Dois Coronéis e Uma Piscina", Mário de Carvalho trata a sociedade portuguesa do início do século XXI com as suas contradições internas, a sua saloíce, aflorando os seus traumas e os seus desígnios, questionando-se mesmo, no final da obra, se "Há emenda para este país?".
E toda esta narração, onde o real se cruza com os momentos mais delirantes produto da imaginação de Emanuel Elói (um jovem mestre de xadrez e vedor de água em contínua digressão pelo país no seu Renault 4) ou a destruição de uma estação de serviço por uma claque de futebol que se move de forma quadrúpede nos é narrada de forma quase anedótica, provocando o riso, ora pela aberração, ora pela ironia.
Dois coronéis reformados do exército, com experiência da guerra colonial e do 25 de Abril, discutem Portugal à beira duma piscina, num monte alentejano. Nada lhes escapa. Duas mulheres mostram-se, em tudo, contrárias entre si. Um jovem vedor de água e jogador de xadrez, de muito bom feitio, arroja-se por essas carreteiras no seu estafado Renault 4. Um tio misógino aconselha sabiamente o sobrinho. Soraia Marina, capitosa cantora pimba, embala as almas simples. Gil Vicente e o pote de Mofina Mendes também marcam presença. E um narrador curioso intervém com as suas perspicazes considerações, sob o olhar sempre atento de um mocho e de um melro, que assistem e, às vezes, comentam.
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